SONETO XXII:
- Meu espelho não me dirá que envelheço,
- Enquanto tenhas a mesma idade e juventude;
- Mas quando em ti vejo a essência do tempo,
- Sinto que a morte expiará meus dias.
- Pois, toda a beleza que viceja em ti
- É apenas um prolongamento do meu coração
- Que vive em teu peito, como o teu em mim:
- Como, então, eu seria mais velho do que és?
- Ah, então, meu amor, sê cuidadosa
- Como eu, não por mim, mas por tua vontade;
- Carregando teu coração, que guardarei comigo,
- Como a ama que protege seu bebê querido.
- Não penses em teu coração quando o meu fenecer;
- Tu me deste o teu para nunca mais o devolver
interessante, gostaria de participar, nota 10!
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